Uma mulher foi morta com um tiro no pescoço pelo próprio marido na noite de quinta-feira (29), em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Segundo a família, Elisângela Aparecida Barbosa de Oliveira, de 41 anos, ouvia música gospel e isso teria irritado o homem.

“Quando ele entrou, começou a falar que ela estava traindo, conversando com alguém [no computador], mas só estava escutando música”, disse o filho mais novo Jhonatan de Oliveira Moreira, de 21 anos.

Os filhos de 11 e 12 anos presenciaram a discussão na residência da família, localizada no bairro Vida Nova, região norte da capital. A mulher foi levada para o quarto e atingida por um tiro no pescoço.

Em depoimento à polícia, uma testemunha disse que ouviu o disparo e foi até a rua para ver o que tinha acontecido, quando encontrou o suspeito colocando a mulher dentro do carro. Segundo o boletim de ocorrência, ele dizia "amor, fica comigo".

A vítima foi socorrida pela vizinha, mas o combustível do carro acabou no caminho e outra pessoa foi chamada para levar a mulher ferida até o posto de saúde Nova Bahia, onde não resistiu aos ferimentos. O suspeito fugiu e não foi localizado até o momento.

Histórico de agressões

Elisângela era casada há nove anos com o suspeito e já foi agredida por várias vezes. “Vizinhos tinham falado, conversamos com ela, mas ela nunca se abriu conosco. Vimos marcas, hematomas, mas ela nunca falou a verdade. Estamos conturbados, tristes, sem chão. Por mais que a gente sabia que isso ia acabar acontecendo, é devastador para todos”, disse o jovem.

Quando a dona de casa era questionada sobre marcas de agressão, ela justificava as atitudes do marido pelo uso das drogas. “Falava que ele jamais faria isso com ela, que podia bater, mas jamais iria matar. A esperança dela era que ele saísse da droga. Eu pedi para ela morar comigo, mas ela não aceitava, pela crença dela", disse Jhonatan.

Vizinhos depredaram carro do suspeito após crime. (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)

Fonte:Veja