Em meio ao recrudescimento da pandemia, a atividade econômica do país recuou em março. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), que sinaliza uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), teve queda de 1,59% em comparação ao mês anterior. A retração se dá após 10 altas seguidas, conforme os dados divulgados nesta quinta-feira (13) pelo BC (Banco Central).
Na comparação com os últimos três meses do ano passado, porém, houve alta de 2,3%, de janeiro a março de 2021, na série livre de influências externas. Em relação ao mesmo período de 2020, o indicador do BC aponta alta de 2,27%, sem ajuste sazonal.
O indicador ainda registra perdas de 3,37% no acumulado dos últimos 12 meses. E, na comparação entre março de 2021 com o mesmo mês do ano passado, o IBC-Br apresentou crescimento de 6,26%.
Os dados do IBC-Br, coletados a partir de uma base de indicadores similar à do indicador oficial (apurado pelo IBGE) que mede as riquezas produzidas no Brasil, desabou nos meses de março de abril do ano passado em meio às medidas restritivas adotadas para conter o avanço da covid-19. Porém, avançou nos 10 meses seguintes, até fevereiro, vindo a perder ritmo novamente em março.
Em 2020, a economia brasileira encolheu 4,1%, mesmo após registrar forte retomada ao longo do segundo semestre. O maior tombo da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 1996, foi guiado pelas quedas significativas da indústria (-3,5%) e dos serviços (-4,5%).
Em função dos efeitos econômicos advindos da crise sanitária, o IBGE divulgou nesta quarta-feira (12) que o setor de serviços apresentou queda de 4% na passagem de fevereiro para março, voltando a ficar abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.
Compõem o segmento, por exemplo, hotéis, pousadas, restaurantes, atividades culturais, de recreação e de lazer, todos duramente afetados pelas medidas de restrição recentes para diminuir o contágio da covid-19.
O resultado elimina boa parte do ganho do mês anterior, que foi de 4,6%, quando superou o nível antes da crise sanitária pela primeira vez.
A produção industrial também não ficou imune à crise e caiu pelo segundo mês consecutivo em março, intensificando as perdas de fevereiro, quando houve a interrupção de nove meses de resultados positivos.
O recuo de 2,4%, divulgado na semana passada pelo mesmo IBGE, foi puxado principalmente pela queda na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias.
Matéria: R7