Radicais muçulmanos atacaram propriedades e lares que pertenciam a cristãos coptas no Egito, depois que circularam rumores sobre uma igreja que estava sendo construída. De acordo com o International Christian Concern, os ataques ocorreram em Manshiet, aldeia de El-Naghamish, localizado no Sohag Governorate (Alto Egito).
Mais de 2 mil cristãos coptas vivem na aldeia e a igreja mais próxima fica a mais de três milhas de distância, o equivalente a 4,8 quilômetros. Quando moradores cristãos de El-Naghamish construíram um prédio de quatro andares para ser usado como centro comunitário, pré-escola e casa de repouso, os muçulmanos das imediações assumiram que o edifício se tornaria uma igreja. Os cristãos na vila pediram uma licença para construir uma igreja, mas eles ainda estão esperando a aprovação do governo.
Depois que o bispo local foi convidado a presidir uma reunião de oração, folhetos foram distribuídos pedindo que os muçulmanos locais atacassem a comunidade cristã.
Samir Nashed, um morador cristão de El-Naghamish, disse: "Na sexta-feira, 25 de novembro, o dia da nossa reunião de oração, muitos jovens muçulmanos fanáticos vieram para nos atacar. Alguns levavam latas de gás e pedras, enquanto outros estavam armados com rifles automáticos, machados e facas. Eles nos atacaram e também as nossas propriedades", relatou.
Quatro cristãos ficaram feridos e uma casa de hóspedes de propriedade cristã foi destruída. Nove casas, e quatro lojas foram saqueadas e queimadas.
"Os militantes fizeram uma barreira na estrada para que os caminhões de bombeiros não pudessem entrar na aldeia. Eles também cortaram o fornecimento da água e a energia da aldeia", explicou Nashed.
Após a polícia ter controlado a situação, eles prenderam 18 muçulmanos envolvidos no ataque. O Governador de Sohag e o Chefe de Segurança visitaram o local e realizaram uma sessão de reconciliação entre as duas comunidades.
William Stark, Gerente Regional da International Christian Concern, disse: "Estamos chocados com a notícia de mais um ataque contra os cristãos, provocado por rumores da construção da igreja. Nós choramos com as famílias que perderam suas casas e empresas devido a esses crimes de ódio. Estamos ansiosos para ver a justiça adequada sendo colocada em prática. O governo egípcio deve fazer mais para garantir as vidas e propriedades de todos os cidadãos, incluindo cristãos", finalizou.
Fonte:Guiame