Um novo vídeo do Estado islâmico, intitulado "Explicação de como matar descrentes", mostra um terrorista cortando a garganta de uma vítima crucificada e um soldado curdo sendo explodido. O material também encoraja muçulmanos nos Estados Unidos, Reino Unido e França a matar os "infiéis" em nome de Alá.
O vídeo de propaganda de 14 minutos mostra a garganta de um homem sendo cortada por um terrorista com uma faca de cozinha e um soldado curdo sendo explodido por uma bomba feita à mão, de acordo com o Daily Mail do Reino Unido, que publicou um clipe do gráfico vídeo em seu site.
O vídeo também apresenta terroristas encapuzados ensinando sobre qual seria "a melhor maneira de matar aqueles que não apoiam o Estado Islâmico" - grupo terrorista sunita, também conhecido pelos nomes "IS", "ISIS", "ISIL" ou "Daesh".
"Devemos combatê-los [infiéis ao extremismo islâmico], mesmo com os equipamentos mais básicos. Eles estão se mantendo sob alerta e preocupados com a luta contra o Estado Islâmico", disse um militante, identificado no vídeo como Abu Sulayman al-Firansi.
O vídeo vem em meio à batalha das forças iraquianas para resgatar a cidade de Mosul, que começou há cerca de seis semanas. Cerca de 100 mil homens apoiados pelo governo dos EUA e forças curdas estão se aproximando de mais de 6.000 combatentes do Estado Islâmico na última grande fortaleza do grupo terrorista no Iraque.
O último vídeo pode ser uma tentativa de intimidar e criar a impressão de que o Estado Islâmico permanece no controle, apesar da crescente perda de seu território no Iraque e na Síria.
Em outro vídeo recente, o grupo terrorista mostrou cristãos sendo mortos, crianças sendo espancadas, mulheres sendo executadas, homens sendo crucificados e "filhotes do califado" (crianças-soldado) executando prisioneiros sob "respaldo" da lei Sharia.
A crucificação, sobretudo de cristãos, também é uma prática comumente adotada por terroristas do Estado Islâmico para torturar e executar os chamados "infiéis". (Foto: Reuters)
O vídeo foi aparentemente divulgado de "Wilayat Raqqah", a base do Estado Islâmico na Síria, e mostrou a aplicação da lei Sharia com clipes de decapitações, flagelações e execuções, incluindo as de cristãos e mulheres.
O líder do grupo terrorista, Abu Bakr al-Baghdadi, agora supostamente veste seu colete suicida até mesmo enquanto dorme, para que não seja pego vivo.
O líder da ISIS al-Baghdadi "tornou-se intemperante", segundo a Reuters, que recentemente leu mensagens de texto escritas por um informante de dentro da cidade.
"Ele deixou de sair em público e negligenciou sua aparência", diz uma mensagem. "Ele vive no subterrâneo e tem túneis que se estendem para diferentes áreas. Ele não dorme sem seu colete repleto de bombas, para que ele possa se libertar, caso seja capturado".
Em sua publicação de propaganda em inglês no ano passado, o Estado Islâmico buscou justificar sua barbárie, dizendo que "faz parte do islamismo", capturar e forçar as mulheres "infiéis" a se tornarem escravas sexuais.
"Antes que Shaytan [Satanás] revele suas dúvidas aos fracos e fracos de coração, deve-se lembrar que escravizar as famílias dos kuffar [infiéis] e tomar suas mulheres como concubinas é um aspecto firmemente estabelecido pela lei Sharia. Se alguém negar ou zombar disso, estaria negando ou zombando dos versos do Corão e da narração do profeta [Maomé]... e desse modo, apostatando do Islã", afirmou a revista de propaganda Estado Islâmico, "Dabiq".
Fonte:Guiame