O número dos cristãos que vivem na cidade de Gaza continua diminuindo. Até 2007, acreditava-se que eram pouco mais de 3.000. Contudo, desde que o grupo terrorista Hamas assumiu o controle da região, o número despencou para 1.200, sendo a maioria ortodoxos. A população de toda a Faixa de Gaza beira os dois milhões, sendo 99.9% muçulmanos
No início desta semana, o Cardeal inglês Vincent Nichols visitou a comunidade cristã de Gaza, em uma tentativa de elevá-los espiritualmente. O líder católico romano elogiou a pequena fé da minoria cristã, apesar de todas as dificuldades que enfrentam.
“Sempre houve cristãos aqui”, disse Nichols à revista católica Crux. “São pequeno em número, mas acredito que sua fé é grande.”
Na maior parte do Oriente Médio, as diferentes confissões cristãs são tradas como uma coisa só. Por isso, quando o Papa Bento XVI fez comentários controversos sobre o islã, em setembro de 2006, diferentes igrejas cristãs na Cisjordânia e Gaza foram incendiadas.
No ano seguinte, a única livraria cristã na Faixa de Gaza sofreu um ataque a bomba. Foi o terceiro desde a sua inauguração. Rami Ayyad, proprietário do local, foi sequestrado e torturado. De acordo com testemunhas oculares, ele foi espancado em público antes de ser morto. Os responsáveis por sua morte foram radicais muçulmanos que o acusaram de tentar espalhar o cristianismo na região.
De modo geral, a pressão do Hamas é o fator decisivo para que haja um número cada vez menor de cristãos em Gaza. Nos territórios da Cisjordânia, que junto com Gaza formam a Autoridade Palestina, a situação é um pouco mais branda, pois ali são comandados pelo Fatah.
A revista Israel Today desta semana publicou uma matéria questionando por que a tentativa de se extinguir o testemunho cristão em Gaza não chama atenção da mídia, que sempre parece ter interesse em defender os palestinos.
Contudo, quando eles obrigam a minoria cristã a negar sua fé, o assunto parece não desperta o interesse. A publicação observa que os cristãos estão sendo forçados a se converter ao islamismo sob ameaças de morte. Ao mesmo tempo, quando um muçulmano demonstra interesse em trocar Maomé por Jesus, é igualmente perseguido.
O comentarista Raymond Ibrahim, que vive na região, explicou que aumentou o número de crianças cristãs sendo sequestradas e forçadas a negar sua fé e abraçar o Islã. O líder ortodoxo Alexios também confirma que os crentes que decidiram mudar de religião o fizeram por causa das ameaças.
Nenhuma das organizações de direitos humanos que rapidamente condenam Israel quando um terrorista palestino é morto se ofereceu para defender a liberdade religiosa dos cristãos em Gaza até o momento.
Fonte:Gospel Prime