MPF diz que escritório de Helena Witzel recebeu R$ 554 mil
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Publicado em 28/08/2020

O escritório de advocacia da primeira-dama do Rio de Janeiro, Helena Witzel, recebeu R$ 554 mil entre 13 de agosto de 2019 a 19 de maio de 2020, afirmou em decisão nesta sexta-feira (28) o MPF (Ministério Público Federal).

Os valores foram repassados por quatro empresas “ligadas a membros da organização criminosa”, segundo o órgão, que denunciou a primeira-dama, assim como o governador Wilson Witzel (PSC), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na forma de crime continuado, reiterado por 25 vezes.

O órgão aponta que o governador utilizou-se do cargo para estruturar uma organização criminosa. Na denúncia, o MPF apresenta provas de que Wiltzel liderou, entre março e maio deste ano, três grupos empresariais que disputavam o poder no governo do Estado mediante a pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos.

Esses grupos lotearam algumas das principais pastas, como a de Saúde, para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas. Em troca do apoio do governador, os empresários firmavam contratos fictícios com o escritório da primeira-dama, o que eu permitia a transferência indireta de valores.

A decisão destaca que a primeira-dama e o governador alteraram o regime de casamento para comunhão universal de bens, em 3 de setembro de 2019, pouco tempo depois de ter iniciado o suposto esquema de propina.

Witzel foi alvo de prisão nesta sexta-feira (28), mas o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Benedito Gonçalves acatou apenas o afastamento dele do cargo de governador, por 180 dias. A Corte Especial irá julgar a decisão na próxima quarta-feira (2).

O governador agora afastado nega as acusações. "A defesa do governador Wilson Witzel recebe com grande surpresa a decisão, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis", afirmou em nota.

Matéria:R7

 

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