Forças do governo do Iraque, com apoio da coalizão liderada pelos Estados Unidos, iniciaram nesta segunda-feira uma ofensiva para expulsar o Estado Islâmico da cidade de Mosul, último grande reduto do grupo extremista no país. Ataques aéreos e explosões puderam ser ouvidos da entrada leste da cidade, onde militantes curdos seguiram para tomar vilarejos periféricos.
Cerca de 30.000 soldados iraquianos, milícias curdas e combatentes tribais sunitas participam da ofensiva para afastar de 4.000 a 8.000 militantes do Estado Islâmico de Mosul, cidade com 1,5 milhão de habitantes. A região está sob poder do grupo extremista desde 2014.
Tanques de guerra coordenados pela coalização contra o Estado Islâmico já conseguiram avançar dentro da cidade, porém, a complexa operação pode durar semanas ou até meses. A tomada efetiva de Mosul pelo governo significaria a derrota do grupo terrorista no Iraque.
O início da ofensiva foi anunciado oficialmente pelo primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi, em um comunicado televisivo nesta segunda-feira. “A hora da vitória chegou”, afirmou. “Hoje eu declaro o início da operação heroica para libertá-los do Daesh”, disse, usando outra nomenclatura para se referir ao Estado Islâmico.
A Organização das Nações Unidas (ONU) expressou preocupação com a segurança dos civis que vivem na região de Mosul frente à batalha que se inicia na região. De acordo com o sub-secretário-geral para assuntos humanitários, Stephen O’Brien, até um milhão de pessoas podem ser forçadas a deixarem suas casas devido à operação de retomada. A ONU pediu à coalizão do governo iraquiano que proteja os civis e permita o acesso da assistência que eles “têm direito e merecem receber”.
Fonte:Veja