Programada para acontecer no próximo sábado (24), a Marcha para Jesus de Guarulhos foi suspensa pela prefeitura municipal, por meio da Secretaria de Cultura. A ordem segue uma recomendação do Ministério Público que apontou possível "improbidade administrativa", caso o evento continuasse a contar com o financiamento por verba pública.
Segundo o promotor de justiça Nadim Mazloum, como o evento é promovido por um grupo de igrejas evangélicas, a apresentação de artistas gospel não se enquadra como manifestação cultural, perdendo assim o direito à verba pública, garantido pelo art. 31 da Lei Rouanet.
Sendo asim, na hipótese de haver contratações destinadas a esse evento (notadamente de artistas), a Prefeitura teria declarar a nulidade dos respectivos contratos.
Com a suspensão, a Marcha para Jesus de Guarulhos ainda não tem nova data para se realizar.
Apoio O pastor e deputado Roberto de Lucena (PV - SP) comentou o caso e expressou o seu apoio ao evento, reafirmando que o evento de fato caracteriza uma manifestação popular e cultural.
"A Marcha para Jesus não é apenas uma manifestação religiosa, não é um culto com uma liturgia. Pelo contrário, ela é uma manifestação popular, cultural, social, de cidadãos que pagam seus impostos, que amam sua cidade e que amam a nação. Vão se manifestando de maneira ordeira e pacífica pelas ruas da cidade, manifestando a sua esperança de vivermos em um mundo mais justo, mais igual, com menos violência, sem drogas, sem vícios, sem crime", afirmou.
"Esta multidão - e no caso de Guarulhos, é uma das maiores marchas - deixou rastros de bênçãos na cidade. Na verdade, a cidade deveria incentivar o seu povo a sair pelas ruas, orando, profetizando e abençoando a cidade".
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