Israel não pode ocupar terras palestinas indefinidamente, ameaça Obama
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Publicado em 22/09/2016

Em seu último discurso como presidente dos Estados Unidos diante da Assembleia da ONU, Barack Obama, afirmou que o mundo está em uma encruzilhada entre um futuro com um sistema integrado, liberal e um perigosamente dividido por “linhas antigas” que separam por raça e tribo.

O discurso – descrito por funcionários da Casa Branca como um resumo da sua política externa – atacou grandes potências. A França foi criticada por ter proibido mulheres muçulmanas de usarem suas vestes tradicionais, a Rússia por buscar “recuperar glória perdida através da força” e a China por negar a democracia ao seu povo. Ao falar de Israel, reclamou de sua continua “ocupação e regularização de terras palestinas.”

Há “falhas profundas na ordem internacional existente”, expostas pelas forças turbulentas da globalização, advertiu o presidente americano. Para ele, existe uma competição internacional entre autoritarismo e do liberalismo, agravados pela desigualdade histórica e desnudado para as massas através de avanços tecnológicos na comunicação.

Ao mesmo tempo que falou de forma genérica sobre a “ perda de confiança das pessoas nas instituições”, foi específico ao mencionar que “Em vastas áreas do Oriente Médio, a segurança e a ordem básica das coisas foram quebradas”.

De acordo com o Jerusalém Post, ele enumerou as três grandes forças que lutam “contra o progresso”: o fundamentalismo religioso, o nacionalismo agressivo, e populismo barato, usando o tom globalista que caracterizou boa parte de seus anos na Casa Branca.

Depois, voltou a mencionar o conflito entre Israel e os palestinos, Obama usou um tom de ameaça ao dizer que o Estado judeu não “pode ocupar indefinidamente as terras palestinas”. Também avisou que para os palestinos seria melhor se eles “rejeitassem a provocação”.

Segundo Obama, o acordo nuclear fechado entre as potências mundiais e o Irã no ano passado foi um de seus grandes feitos na política externa: “Quando o Irã concorda em aceitar restrições de seu programa nuclear, isso aumenta a segurança global”. Ignorando o fato que Teerã estágastando bilhões com armamentos e continua ameaçando bombardear Israel, ressaltou: “Resolvemos a questão nuclear do Irã com a diplomacia”.

Perto do fim de seu discurso, Obama surpreendeu ao citar o pastor e ativista negro Martin Luther King (1929-1968), pedindo que os líderes mundiais não pensassem em si mesmos como “divisores”, assegurando “Todos nós podemos ser colegas de trabalho de Deus”.

Obama planeja ser secretário-geral da ONU

Embora não trate do assunto publicamente, Barack Obama estaria planejando seus “próximos passos” após o final de seu mandato em dezembro. Segundo o jornal Washington Times, ele estaria cogitando se tornar o novo secretário-geral das Nações Unidas.

No último dia de 2016, encerra-se o segundo mandado do sul-coreano Ban Ki-moon à frente da organização. A Assembleia-Geral vai ocorrer em setembro. Os Estados-membros vão entrevistar aqueles que se candidatarem. Uma das demonstrações de força que o presidente americano daria pode ser apresentar uma “solução final” para o conflito de Israel e Palestina.

Segundo um relatório do The Wall Street Journal, Obama está tentando iniciar uma retomada no processo de paz entre Israel e a Autoridade Palestina. Para isso, cogita usar resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, cujos membros permanentes são China, França, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido.

Fonte:Gospel Prime

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