Jovem conta detalhes de suposto assédio; assessor de Feliciano é preso
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Publicado em 06/08/2016

Nos últimos dias, sites e jornais do Brasil vem divulgando acusações da estudante de jornalismo Patricia Lelis, de 22 anos, contra o deputado federal Marco Feliciano (PSC/SP). Em uma trama cheia de reviravoltas, ela primeiro o acusou de assédio sexual e agressão. Divulgou prints de conversas por WhatsApp e um áudio onde pede ajuda a Talma Bauer, assessor do parlamentar.

Ao mesmo tempo, divulgava vídeos nas redes sociais onde negava as acusações e culpava a “esquerda” por envolve-la em falsas acusações.

No início desta sexta (5), Bauer foi preso em São Paulo, acusado de sequestro e constrangimento que incluiriam uma ameaça velada contra a vida de Patrícia. Ela prestou depoimento no 3ª DP da capital.

Segundo a jovem, que era da ala jovem do PSC, Feliciano a teria atacado no dia 15 de junho, no apartamento funcional que ocupa em Brasília. “Ele me prometeu um cargo no PSC com salário de 15 000 reais se eu topasse ser sua amante”, assegurou Patrícia à Veja.

“Eu neguei e ele ficou bravo. Tentou tirar minha roupa à força, me deu um soco na boca e um chute na perna”, narra.

Sua mãe, Maria Aparecida de Souza, que também prestou depoimento hoje, confirmou as agressões. “Vi a boca dela machucada, com a marca dos dedos do Feliciano. A perna dela ficou toda roxa por causa de um chute, achei que tivesse quebrado”, sublinhou.

Patrícia diz que procurou ajuda do partido, mas acabou ouvindo uma tentativa de suborno por parte do pastor Everaldo, presidente da sigla. “Ele me ofereceu um saco de dinheiro, mas eu neguei”, resume.

Ela afirma que recebeu uma ligação de Everaldo na manhã desta sexta, onde ele teria feito ameaças para ela negar o episódio.

 

Talma Bauer

Talma Bauer

À polícia, ela contou que foi forçada a gravar os vídeos onde nega tudo. Estaria sendo ameaçada pelo chefe de gabinete de Feliciano. Insiste que Bauer, que é policial aposentado, estava armado e a obrigou a gravar o material.

Por causa dessa denúncia, Talma foi detido e será pedido sua prisão temporária. Ele é acusado de sequestro, ameaça e constrangimento. Luis Roberto Faria Hellmeister, delegado titular do 3º DP, explica que os autos que citam Feliciano serão enviados para Brasília, pois como deputado, possui fórum privilegiado.

O deputado não se pronunciou ainda sobre as denúncias.

 

Fonte:Gospel Prime

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