Roubo em Guarulhos: empresa paga R$ 150 mil de recompensa por pistas
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Publicado em 26/07/2019

Uma empresa de gestão de risco que presta serviço para um grupo de resseguradoras anunciou, nesta sexta-feira (26), que irá pagar R$ 150 mil de recompensa para quem contribuir com a investigação para encontrar os suspeitos envolvidos no roubo milionário de carga de ouro, ocorrido na tarde da última quinta-feira (25), no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Na quinta-feira, um grupo de seis homens armados roubaram uma carga de 718,9 kg de ouro, avaliada em R$ 123 milhões, no Terminal de Carga e Exportação do aeroporto. Os suspeitos utilizaram para o roubo quatro veículos, dois clonados com identificação da Polícia Federal. Durante a fuga, trocaram de carros em um depósito de material de construção na Vila Nair, na zona leste da capital paulista, e fugiram. Até o momento, ninguém foi preso.

Em coletiva realizada no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), onde o caso está sendo investigado, a empresa, que trabalha para um grupo mundial de resseguros, anunciou o pagamento para quem contribuir com informações seguras que levem à apreensão da carga e ao esclarecimento da autoria do crime. As denúncias poderão ser feitas através de um canal ligado a SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública).

A Polícia Civil de São Paulo afirmou que a abordagem ao segurança do terminal de carga do aeroporto de Cumbica ocorreu na manhã de quarta-feira (24), na avenida Jacu Pêssego, na zona leste da capital, quando o funcionário levava a mulher para o trabalho e, na sequência, deixaria a filha em uma creche.

Os homens estavam em uma ambulância que seria usada para cruzar o trânsito. Em seguida, abordaram o motorista do veículo, o funcionário do aeroporto, e teriam pedido que a mulher entrasse no veículo, quando informaram que ela seria feita refém. A ambulância, que ainda não se sabe se é verdadeira, foi encontrada em Itaquaquecetuba. A mulher do funcionário, que teve o rosto coberto por um capuz, permaneceu no veículo até um cativeiro e, do local, foi liberada na mesma cidade, perto de um shopping. "Ela afirmou que quando deixou o cativeiro, andou mais 40 minutos até ser liberada onde teria reconhecido a cidade", disse o delegado.

 

Segundo informações da polícia, os integrantes do grupo teriam dado ordens para que ele não fosse trabalhar e pediram para ele ir até um endereço próximo a avenida Jacu Pêssego, às 16h da quarta-feira. Enquanto isso, dois homens do grupo mantiveram a família (um cunhado, uma cunhada, a sogra dele e três crianças - dois filhos do casal e uma criança familiar dos vizinhos) do funcionário refém. A mulher ficou mantida em cárcere durante quase 36 horas, até ir prestar depoimento na sede do Deic.

O delegado-assistente da 5ª Delegacia de Roubo a Bancos do Deic, João Carlos Miguel Hueb, afirmou que a Polícia Civil possui várias linhas de investigação, inclusive a eventual participação de organizações criminosas no roubo. Há uma equipe no interior do estado que investiga possíveis relações. O agente de segurança disse, também, que o ouro roubado é nacional e teria despertado interesse no grupo por ser facilmente repassado ao mercado.

Segundo a polícia, a carga seria exportada de forma legal. A transportadora de valores disse à polícia que o transporte desses valores é normal. Durante o roubo, havia representantes da empresa de transporte de valores, do aeroporto e de transporte aéreo. Os funcionários da portaria do aeroporto teriam dito que os homens afirmaram ser uma inspeção contra o tráfico de drogas. Assim que a viatura entrou no galpão, uma arma foi apontada para render um dos funcionários. 

"Parece ser uma quadrilha bem organizada, que conhecia técnicas de investigação, que usou extintores para limpar os veículos na tentativa de tirar as digitais. Não foi o primeiro roubo", afirmou Hueb.

Matéria:R7

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