Chegou na manhã desta quarta-feira (27) ao ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, em Brasília, uma mídia, um HD (disco rígido) que custou R$ 7 milhões. Para transportar o bem, houve escolta de carros da Polícia Rodoviária Federal.
Conforme a Coluna antecipou na semana passada, a análise do HD faz parte do pente-fino que a pasta faz na Comissão da Anistia. De acordo com a ministra Damares Alves, a comissão recebe recursos públicos para projetos, como livros e o conteúdo que está dentro do HD, segundo ela, custou aos cofres públicos R$ 7 milhões.
— Temos um HD com imagens que está avaliado em R$ 7 milhões, um HD que custa R$ 300. Quero saber o que tem lá dentro.
A ministra é contra o uso desses recursos. Para ela, a comissão deve se restringir à análise dos pedidos de anistia, e não produzir conteúdo.
Nessa quarta, em evento no ministério, a ministra empossou novos conselheiros que serão responsáveis pela análise dos requerimentos ainda pendentes da Comissão de Anistia, instituiu o novo regimento interno e detalhou a auditoria nos atos do colegiado considerados suspeitos em análise prévia da pasta. O HD de R$ 7 milhões faz parte da investigação. Damares pediu apoio Consultoria-Geral da União para a realização da auditoria. O procedimento será mantido sob sigilo.
Nessa terça-feira (26), a ministra negou 265 pedidos de anistia política.
Matéria: Coluna do Fraga (R7)