O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou a "ditadura corrupta do Irã" e "o socialismo da Venezuela" em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na manhã desta terça-feira (25). Ele seria o segundo chefe de Estado a discursar, mas não chegou a tempo. Por causa do atraso, Lenín Moreno, do Equador, antecipou sua fala.
O presidente americano abordou a relação com o Irã - já que os EUA abandonaram o acordo nuclear com o país. Disse que os líderes iranianos fazem parte de uma "ditadura corrupta" e buscam semear "caos, morte e destruição".
De acordo com Trump, diante desse quadro, os Estados Unidos lançam uma campanha de pressão econômica para impedir o acesso do Irã a fundos para desenvolvimento regional. Pedem, além disso, que as nações aliadas isolem as lideranças iranianas, enquanto ainda houver agressões.
Outra crítica forte do discurso foi centrada na Venezuela. Trump atacou o regime de Nicolás Maduro, afirmando que o socialismo levou à pobreza extrema da população. Relembrou que o país, rico em petróleo, vive uma situação de miséria, com fuga em massa de habitantes para nações vizinhas.
Enquanto Trump falava, o Departamento de Tesouro apresentou novas sanções relacionadas à Venezuela, visando a mulher de Nicolás Maduro, assim como a vice-presidente e o ministro de Defesa do país.
Ao todo, são seis indivíduos alvos das sanções, de acordo comunicado. Três entidades e uma aeronave também foram mencionadas.
Trump ressaltou que o país está mais rico atualmente do que quando assumiu o governo. Também se vangloriou de "progressos extraordinários" - reformas, corte de impostos para empresas e criação de "milhões de vagas de emprego".
Em um dado momento, Trump disse: "Em menos de dois anos, meu governo realizou mais do que quase qualquer administração na história de nosso país". A plateia começou a rir alto. "Não esperava essa reação, mas está ok", retrucou o líder americano.
Além disso, o presidente dos EUA afirmou que houve resultados positivos após a aproximação dos Estados Unidos com a Coreia do Norte. Relembrou que, em junho, se encontrou com Kim Jong-un em Singapura, onde ambos assinaram um acordo em que a Coreia se comprometia a destruir seu arsenal nuclear.
Agradeceu ao presidente norte-coreano "pela coragem" e pelos passos já dados - mas reforçou que há ainda muito o que avançar.
Trump disse também que lutará contra o fundamentalismo islâmico e que a situação da Síria é de "cortar o coração". Clamou que a ONU incentive a paz no Oriente Médio e agradeceu aos países que estão recebendo refugiados da guerra síria. Em seu discurso, afirmou também que os Estados Unidos reagirão caso haja algum registro de desenvolvimento de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad.
Fonte:G1