MP investigará causas do incêndio que derrubou prédio no centro de SP
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Publicado em 02/05/2018

O Ministério Público vai reabrir um inquérito civil para apurar as causas da tragédia com o prédio de mais de 20 andares que desabou no Largo do Paissandu, na região central de São Paulo na madrugada desta terça-feira (1).

O prédio já havia passado por investigação de mais de dois anos para avaliar risco de desabamento. O inquérito foi arquivado em março deste ano porque os órgãos públicos responsáveis pela fiscalização não encontraram riscos concretos para interditar o prédio.

Segundo nota do Ministério Público de São Paulo, a Defesa Civil de São Paulo e a Secretaria Especial de Licenciamentos garantem que o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros respeitava as condições de segurança.

O especialista em gerenciamento de risco Gustavo Cunha Mello lembra que novas regras foram incluídas em 1975 no Código de Obras e Edificações para prevenir e diminuir os impactos causados por incêndios.

As normas foram alteradas depois de duas tragédias que também aconteceram no centro de São Paulo: a do edifício Joelma, que matou 188 pessoas em fevereiro de 1974, e a do edifício Andraus, que deixou 16 mortos e mais de 300 feridos em fevereiro de 1972.

A ausência de hidrômetros e portas corta-fogo, o abandono e consequente falta de manutenção, ligações clandestinas e o acúmulo de lixo e entulhos foram fatores que contribuíram para a rapidez com que o fogo se alastrou, causando o desabamento do prédio nesta madrugada.

Gustavo Cunha Mello alerta que síndicos e administradores de imóveis construídos antes de 1975 devem se adequar ao Código de Obras.

O especialista em gerenciamento de riscos afirma que há uma série de consultorias ligadas ao Corpo de Bombeiros que realizam vistorias em prédios residenciais e comerciais.

Fonte: BandNews FM

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