Apreensão de itens de senador pela PF gera ‘pânico’ no Congresso
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Publicado em 26/04/2018

A apreensão de itens do senador Ciro Nogueira (PP-PI), na última terça-feira (24), gerou um ambiente de muita preocupação e “pânico” no Congresso Nacional.

O presidente do PP foi um dos alvos de um desdobramento da Lava Jato. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do senador e no apartamento funcional dele.

O temor entre os parlamentares é que entre os itens apreendidos esteja algum registro da lista de negociação com os deputados que se filiaram recentemente ao PP.

Na janela partidária deste ano, o PP foi o partido que mais engordou: subiu do quarto lugar (38 deputados eleitos em 2014) para o segundo (53).

“O ambiente é de pânico”, relatou ao blog de Andréia Sadi no ‘G1′ um deputado do partido. “Qualquer notícia desse tipo pode ser mal interpretada”, acrescentou.

Na negociação com deputados, o PP assumiu o compromisso de bancar com recursos do fundo eleitoral algumas candidaturas.

Procurado pelo blog, o advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que não há nenhum item apreendido que possa causar qualquer tipo de preocupação.

PF apreende R$ 200 mil

Durante a operação deflagrada nesta terça-feira, a PF apreendeu na residência do senador Ciro Nogueira (PP-PI) cerca de R$ 200 mil em dinheiro.

Segundo o advogado de Ciro, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, o parlamentar declarou no seu Imposto de Renda que tem dinheiro em espécie no valor de R$ 180 mil. O restante, segundo ele, pode ser de sua mulher.

“Os recursos são legais e vamos, inclusive, fazer uma petição solicitando a devolução do dinheiro”, afirmou Kakay. Segundo ele, o senador, que preside o PP, retornará ao Brasil na próxima quinta-feira (26), para se colocar à disposição da PF e do Ministério Público para depoimentos. Ele está em viagem oficial à Europa para reuniões na OMC (Organização Mundial de Comércio).

Ciro Nogueira e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) foram alvos de operação da Lava Jato nesta terça, autorizada pelo ministro Edson Fachin, sob acusação de obstrução de Justiça.

Kakay disse que seu cliente afirmou estar tranquilo em relação às investigações e que, ao chegar ao Brasil, irá depor assim que for chamado para prestar os esclarecimentos necessários.

Fonte: G1

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