Além da delação premiada em que detalhou a relação nada republicana entre o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e a empreiteira Engevix, determinante para a nova prisão do petista, o lobista Milton Pascowitch resolveu apelar ao lado espiritual em busca de uma pena mais branda no petrolão. Réus por organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, e prestes a serem julgados pelo juiz federal Sergio Moro, Pascowitch e seu irmão, José Adolfo, anexaram a suas alegações finais entregues nesta terça-feira (3) ao magistrado uma carta assinada por Shmuel Lemle, professor responsável pela Casa da Kabbalah, em São Paulo.
Na missiva destinada a Moro, Lemle relata ao juiz da Lava Jato, a pedido dos advogados dos irmãos, que ambos têm “se dedicado ao estudo das raízes de sua espiritualidade ancestral e à prática dos preceitos da Torá” em encontros semanais, em que “demonstram remorso por erros do passado”. Autointitulado conselheiro “num nível pessoal para várias pessoas em posição de liderança”, o sábio relata que Milton e José Adolfo teriam compreendido “que caíram na armadilha de seu lado negativo e demonstram comprometimento de ter um comportamento diferente daqui para frente”. “Espero que encontrem a compaixão de nossa sociedade”, finaliza.
Fonte: Veja