Diante das chances cada vez maiores de assumir a Presidência da República em 11 de maio, quando o Senado votará a admissibilidade do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer se vê às voltas com um problema: como reduzir o tamanho da máquina federal para cortar gastos, escolher figuras de renome que deem respaldo à sua gestão e, ao mesmo tempo, contemplar aliados pessoais e partidos que vão compor a base de seu governo e estiveram à frente do processo de impeachment. A ideia do vice era ter um ministério com cerca de vinte nomes. Até agora, quatro são dados como certos no primeiro escalão do peemedebista: Eliseu Padilha (PMDB), Geddel Vieira Lima (PMDB), José Serra (PSDB) e Henrique Meirelles (PSD).
Temer poderá ainda entregar o comando de órgãos federais com orçamento gordo, fundações e empresas públicas a partidos menores. Um exemplo deve ser o ex-ministro e ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco, cotado para assumir um órgão vinculado à Presidência, mas criado para concentrar privatizações e concessões públicas. As conversas com aliados devem se intensificar nos próximos dias. Quando tenta aplacar a sede de cargos de um partido, o vice recebe reclamações de outro, ou até das bancadas do PMDB. A da Câmara deve ficar com duas pastas. Um dos cotados é o deputado gaúcho Osmar Terra, que tem proximidade com Temer e esteve no front do comitê pró-impeachment. O estridente Carlos Marun (MS) tenta se viabilizar. A seguir, confira o que já se negociou até aqui no xadrez ministerial de Temer.
Fonte: Veja