A Procuradora-Geral da República Raquel Dodge resolveu expor ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma convicção: Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel, está fazendo o possível para procrastinar o andamento da inquérito contra ele na corte.
Segundo nota da coluna Radar de ‘Veja’, a PGR pediu ao tribunal para nomear um advogado dativo para Lúcio. Trata-se de uma medida adotada quando o investigado não exerce seu direito de defesa. Propositalmente ou não.
No caso de Lúcio, dada a letargia de seus advogados, Dodge está convencida de que se trata de uma manobra processual para tentar frear os trabalhos da Lava Jato.
Amigo de Temer ‘enrola’ depoimento há oito meses
Outro que tem enrolado a justiça é o coronel aposentado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, conhecido como coronel Lima. Ele é amigo do presidente Michel Temer.
A Polícia Federal já tentou, por diversas vezes, interrogá-lo no chamado inquérito dos portos, que apura se o presidente Temer beneficiou empresa do setor.
Em outra tentativa de não comparecer para depor, o coronel Lima, que alega motivos de saúde para não comparecer pessoalmente, pediu para responder por escrito aos questionamentos contidos no inquérito. A Polícia Federal negou o pedido, por inexistência de previsão legal.
Nessa ‘enrolação’, já completaram oito meses em que o delegado Cleyber Malta Lopes, da PF, tenta interrogar Lima.
Fonte: Veja e Época