O PMDB se reuniu nesta quinta-feira para tratar da posição da bancada em relação ao impeachment. Embora o partido tenha optado por não fechar questão sobre o tema, o que obrigaria todos os parlamentares a votar sob a mesma orientação, sob pena de punição, a legenda formou maioria pela deposição da presidente Dilma Rousseff. Aliado da presidente Dilma Rousseff, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), vai ter de seguir o posicionamento da maioria e encaminhar, da tribuna da Câmara dos Deputados, voto favorável ao impeachment, contrariando seu voto pessoal.
Segundo ele, porém, não haverá constrangimentos. "Eu defendo minha posição por convicção. Tenho argumentos já manifestados [contra o impeachment] e defenderei a posição da bancada como é meu dever fazer. Legitimamente, a bancada me cobra isso", afirmou o deputado fluminense. Deputados peemedebistas avaliam nos bastidores que 90% da bancada devem votar contra Dilma - apenas oito parlamentares devem se posicionar contra o impeachment.
A decisão foi tomada em votação simbólica entre os 54 deputados presentes. A bancada do PMDB na Câmara é a maior da Casa, sendo formada por 67 parlamentares. Estão presentes no encontro os ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde). Eles se licenciaram do cargo nesta quinta-feira para votar a favor de Dilma no próximo domingo.
Conforme relatos dos peemedebistas, a sessão, que teve início às 10h e segue em andamento, foi tomada por críticas à presidente Dilma Rousseff, acusada por eles de levar o país a um caos na economia e de ter perdido a governabilidade. Sobraram elogios, por outro lado, ao vice-presidente da República e principal beneficiado com a queda da petista, Michel Temer. O vice foi colocado na reunião como a solução para tirar o país da paralisia e dos baixos índices econômicos. Não houve, até o momento, atos de apoio à presidente.
Fonte: Veja