ONU decidirá se rejeita decisão de Donald Trump sobre Jerusalém
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Publicado em 21/12/2017

Os 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) vão decidir nesta quinta-feira (21) se rejeitam decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

A votação é alvo de uma forte pressão da administração de Donald Trump, que ameaçou cortar os fundos dos países que apoiarem a medida.

Na véspera, Trump lançou uma advertência aos países que pretendem votar a favor da resolução contra os Estados Unidos e os ameaçou de cortar qualquer financiamento americano.

Na terça-feira (19), o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Malki, já havia acusado os Estados Unidos por causa dessas ameaças.

“Os Estados Unidos estão cometendo outro erro ao (…) ameaçar os países e suas decisões soberanas sobre como votar”, declarou Al-Malki.

O presidente da Assembleia Geral, Miroslav Lajcak, informou sobre a sessão de emergência em uma carta enviada na noite de segunda-feira às 193 delegações.

O reconhecimento da cidade como capital israelense é considerado polêmico, uma vez que os palestinos querem Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado, e a comunidade internacional não reconhece a reivindicação israelense sobre a cidade como um todo.

Países árabes solicitaram reunião

Turquia e Iêmen solicitaram a reunião urgente da Assembleia em nome do grupo de países árabes e da Organização de Cooperação Islâmica (OCI).

Os dois países circularam um projeto de resolução na terça-feira que reflete o projeto vetado por Washington, reafirmando que qualquer decisão sobre o estatuto de Jerusalém não tem efeito e deve ser revogada.

O projeto de resolução que a Assembleia de 193 países votará não menciona a decisão de Trump, mas expressa “uma profunda preocupação com as recentes decisões acerca do estatuto de Jerusalém”.

Reunião é resposta a veto dos Estados Unidos em Conselho de Segurança

Os Estados Unidos vetaram na segunda-feira (18) o projeto de resolução que reafirmava que qualquer decisão sobre o status de Jerusalém carece de efeito legal.

O Egito havia apresentado o projeto que era apoiado pelos outros 14 membros do Conselho de Segurança.

O embaixador palestino, Riyad Mansur, disse que será apresentado um projeto de resolução similar na assembleia e espera total apoio.

Ao contrário do Conselho de Segurança, nenhum país tem poder de veto na Assembleia Geral.

Anunciada em 6 de dezembro, a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém rompeu com o consenso internacional, deflagrando protestos em todo mundo muçulmano e provocando uma forte condenação.

Primeiro-ministro de Israel rejeita votação

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou a votação desta quinta na ONU – “uma casa das mentiras”, segundo ele.

“Jerusalém é a capital de Israel, reconheça a ONU, ou não”, frisou.

A Assembleia Geral da ONU fará essa sessão de emergência depois de os Estados Unidos vetarem uma mesma medida no Conselho de Segurança.

Fonte: G1

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