Nas últimas horas do governo Obama, os Estados Unidos enviaram cerca de US$ 221 milhões para a Autoridade Palestina, desafiando a decisão de membros do Partido Republicano no Congresso.
A informação foi levada a público através de um funcionário do Departamento de Estado e outros assessores do Congresso.
O ex-secretário de Estado, John Kerry, informou alguns legisladores sobre a transação financeira pouco antes de deixar o Departamento de Estado, na quinta-feira (19). Segundo assessores, uma notificação formal foi enviada ao Congresso apenas no dia 20 de janeiro, horas antes da posse de Donald Trump.
Além dos 221 milhões de dólares enviados aos palestinos, o governo Obama também informou ao Congresso na sexta-feira que havia iniciado a liberação de mais US$ 6 milhões em gastos com assuntos externos, abrangendo US$ 4 milhões para programas de mudança climática e US$ 1,25 milhões para organizações da ONU, segundo os assessores.
Os assessores e o funcionário do Departamento de Estado não foram autorizados a falar sobre o assunto publicamente e exigiram anonimato.
Há algum tempo, o governo Obama já tinha pressionado a liberação da verba para a Autoridade Palestina, que seria usada para investimentos em ajuda humanitária na Cisjordânia e Gaza, apoio às reformas políticas e de segurança, bem como ajuda no preparo para um futuro Estado palestino, segundo a notificação enviada ao Congresso.
O financiamento palestino pode despertar a revolta de muitos membros do Congresso, bem como a Casa Branca sob administração de Trump. O novo presidente dos EUA prometeu ser um forte defensor de Israel e convidou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para visitar Washington e fevereiro.
Ele também se comprometeu a transferir a Embaixada dos EUA em Israel da cidade de Tel Aviv para Jerusalém.
Fonte:Guiame