O líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, está sendo transferido na manhã desta quarta-feira (13) da Penitenciária 2, de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, para um presídio federal. A informação foi confirmada por um promotor de Justiça que atua em Presidente Prudente.
Além de Marcola, outros 21 detentos do 1º e 2º escalão da organização criminosa também estão sendo removidos. Marcola deve ser removido para o presídio federal de Mossoró (RN) ou para Porto Velho (RN). As condições do regime sob o qual Marcola deve permanecer são, segundo fontes ouvidas pelo R7, diferentes das que era submetido em Presidente Venceslau.
O líder do PCC deverá ficar em um cela isolada, onde permanecerá 22 horas em regime de isolamento. Nas novas condições, ele terá direito a duas horas de banho de sol e será privado de receber visita íntima. Para se ter ideia, a Penitenciária 2, com cerca de 700 detentos, dava o direito de visita íntima aos fins de semana.
Na cela, Marcola também não terá nenhum ponto de energia na estrutura. Passado o primeiro mês após a transferência, Marcola e os demais presos poderão receber visitas familiares e de avogados. Os encontros, porém, não serão pessoalmente e devem ser monitorados. Segundo o promotor, as condições de isolamento deverão dificultar a comunicação com os demais membros da cúpula.
Depois do primeiro mês, os detentos poderão receber visitas familiares semanalmente, sem contato físico, sob monitoramento.
Os presos removidos deverão cumprir a pena em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) em celas isoladas. Cerca de 200 homens estavam em Presidente Prudente cuidando do esquema de segurança da cidade.
Uma equipe do Choque participou da segurança no entorno do presídio na manhã desta quarta-feira. Na sequência, os presos foram removidos em carros escoltados. Os veículos seguiram para o aeroporto de Presidente Prudente. No local, os detentos removidos devem utilizar um avião para se deslocar até os presídios federais.
Matéria: R7