Os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e da Argentina, Mauricio Macri, anunciaram após uma reunião em Brasília, nesta quarta-feira (16), que vão trabalhar para um aperfeiçoamento do Mercosul, incluindo esforços para o esperado acordo do bloco com a União Europeia. Além disso, os chefes de Estado atacaram o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Essa foi a primeira visita oficial de um presidente estrangeiro após a posse de Bolsonaro. O argentino viajou a Brasília com uma delegação de ministros, que se reuniram com auxiliares de Bolsonaro, para discutir assuntos econômicos, de segurança, defesa e tecnologia.
Mercosul
"Concordamos quanto à importância de, com os demais parceiros — Paraguai e Uruguai — aperfeiçoar o bloco [Mercosul] e propor nova agenda de trabalho. Sempre com sentido de urgência. O Mercosul precisa valorizar sua tradição original: abertura comercial, redução de barreiras e redução de burocracias", declarou Bolsonaro.
Vale ressaltar que a Argentina é hoje o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, com transações comerciais de US$ 25 bilhões e um saldo positivo brasileiro em torno de US$ 4 bilhões.
Macri lembrou que o Brasil será o próximo presidente do Mercosul e elogiou os avanços do bloco no acordo com a União Europeia.
"Conversamos também sobre a necessidade de modernizar o Mercosul e avançar para um espaço que se adeque ao século 21. Isso orientará a nossa presidência pró-tempore que o Brasil continuará, será o presidente na sequência", disse.
Bolsonaro pontuou que os governos brasileiro e argentino possuem "convergência de posições e identidade de valores" e que atuarão "na defesa da liberdade e democracia na nossa região".
"Nossa cooperação na questão da Venezuela é o exemplo mais claro no momento", acrescentou.
Macri foi mais duro em relação ao governo de Maduro.
"Nós não aceitamos essa zombaria com a democracia e a tentativa de vitimização de quem é o algoz. A comunidade internacional já percebeu: Maduro é um ditador que tenta se perpetuar no poder com eleições fictícias, perseguindo opositores e levando os venezuelanos a uma situação desesperadora e agônica.
Matéria: R7