O esquema de compra e venda de votos na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) movimentou ao menos R$ 54 milhões, segundo informou o superintendente da Polícia Federal, Ricardo Saadi. A declaração foi dada em entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), após a deflagração da Operação Furna da Onça, que investiga um suposto "mensalinho" na Alerj.
A investida cumpriu, até as 11h, 20 de 22 mandados de prisão - dez dos quais, contra deputados estaduais fluminenses, cinco deles reeleitos. Também foi alvo da operação o secretário estadual de Governo, Affonso Monnerat. Estão foragidos o presidente do Detran, Leonardo Jacob, e seu antecessor, Vinícius Farah.
Alguns dos alvos são:
· Affonso Monnerat, secretário estadual de Governo, preso;
· André Correa (DEM), deputado estadual reeleito e ex-secretário estadual de Meio Ambiente, preso;
· Chiquinho da Mangueira (PSC), deputado estadual reeleito e presidente da escola de samba, preso;
· Coronel Jairo (MDB), deputado estadual não reeleito, preso;
· Edson Albertassi (MDB), deputado afastado - já preso em Bangu;
· Jorge Picciani (MDB), deputado afastado - já em prisão domiciliar;
· Leonardo Jacob, presidente do Detran, foragido;
· Luiz Martins (PDT), deputado estadual reeleito, preso;
· Marcelo Simão (PP), deputado estadual não reeleito, preso;
· Marcos Abrahão (Avante), deputado estadual reeleito, preso;
· Marcus Vinícius Neskau (PTB), deputado estadual reeleito, preso;
· Paulo Melo (MDB), deputado afastado - já preso em Bangu;
· Vinícius Farah (MDB), ex-presidente do Detran, eleito deputado federal, foragido.
Procurador-regional da República, Carlos Aguiar explicou que cargos públicos foram dados como moeda de troca, e citou “propinolândia” na Alerj.
“As investigações demonstraram que esses personagens lotearam o estado do Rio de Janeiro para viabilizar a execução dos seus interesses políticos. Alerj se tornou propinolândia. ”
Matéria: G1