A proposta já é antiga, mas agora pode sair do papel. Em 2012, representantes de Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Itália, Polônia, Luxemburgo, Holanda, Portugal e Espanha defenderam a necessidade um presidente eleito da União Europeia (UE).
Pediram também uma nova política de defesa, sob o controle de um ministério pan-exterior da União Europeia, que resultaria na formação de um exército europeu único.
A resistência britânica à formação desse exército único da Europa está diminuindo após a Alemanha voltar a fazer força para que a ideia se consolide. A União Europeia já possui uma moeda única e um parlamento com representantes de todos os seus 28 países membros. O surgimento de um líder único que teria domínio político e militar é considerada inevitável por muitos analistas.
O projeto alemão, divulgado pelo jornal Financial Times esta semana, põe mais pressão no referendo da UE, previsto para 23 de junho. Caso aprovado, resultaria na força militar mais potente do mundo.
Segundo o documento, a formação do exército seria “gradual”, reunindo forças militares nacionais europeias em “uma cooperação permanente”, debaixo de estruturas de comando compartilhadas pelos Estados membros.
A proposta inclui a formação de uma área dedicada à defesa em uma “guerra cibernética”, que já é uma realidade em algumas nações. Também estão previstas ações para conter o terrorismo em solo europeu.
“A Alemanha está disposta a trabalhar de forma decisiva e substancial como uma força motriz nos debates internacionais… assumindo a responsabilidade e a liderança”, afirma ainda o documento.
O espanhol Jorge Domecq, diretor executivo da Agência Europeia de Defesa, considera que ameaças terroristas na Europa geraram a necessidade de “uma maior integração na política de Defesa” do continente.
Explica que até o final de 2016 terá início um Programa de Ação de Defesa e a Estratégia Europeia para o Espaço. Eles servirão para cumprir os objetivos da Estratégia Global para a Segurança e Relações Externas preparada pela União Europeia.
Sempre que a Europa moderna dá passos para uma reunificação, aos moldes do antigo Império Romano, estudiosos das profecias lembram de trechos do livro de Apocalipse que remetem ao cenário descrito em algumas passagens, onde essa força mundial possui um único líder e um grande poder bélico.
Israel quer proximidade
O surgimento de um exército europeu único interferiria nos acordos militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que reúne forças norte-americanas, europeias e asiáticas. No momento, a OTAN está em conflito com a Rússia, que sente-se ameaçada pela expansão bélica próximas as suas fronteiras.
Outra nação que está seria atingida por mudanças na OTAN é Israel, que recebeu este mês o convite para “abrir um escritório junto à sede da Aliança e terminar o procedimento de acreditação do seu representante”.
Há anos o Estado judeu esperava por isso. O fato foi comemorado pelo premiê Benjamin Netanyahu: “É uma prova importante da posição de Israel no palco internacional. Os países buscam cooperar conosco devido ao nosso combate intransigente ao terror, potencial tecnológico e potencial da inteligência do país, entre outros”.
Para alguns sites especializados em profecias, a formação de um exército multinacional com comando único e um conflito de Israel com Rússia e seus aliados (Turquia e Irã) remete as profecias sobre a Guerra de Gogue e Magogue, relatadas em Ezequiel 38 e 39.
Fonte:GospelPrime