Temer está ‘indignado’ com quebra de sigilo bancário determinada por Barroso
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Publicado em 06/03/2018

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse na noite desta segunda-feira (5) que o presidente Michel Temer está “contrariado” e “indignado” com o pedido de quebra de seu sigilo bancário feito pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Marun disse, em entrevista coletiva, que o presidente não tem nada a esconder e vai divulgar “todos os seus extratos” à imprensa. O ministro também criticou o que chamou de “falta de cautela” de Barroso – sem citá-lo nominalmente.

O ministro Barroso, do STF, determinou a quebra do sigilo bancário do presidente Michel Temer no âmbito do inquérito que investiga irregularidades na elaboração da Medida Provisória conhecida como a MP dos Portos. É a primeira vez que um presidente no exercício do mandato tem os seus dados financeiros abertos por ordem judicial.

“O presidente não tem nenhuma preocupação com as informações constantes em suas contas bancárias”, disse Marun, que acrescentou que o presidente ainda “não foi notificado” sobre a decisão.

A decisão de Barroso no inquérito que investiga irregularidades envolvendo o Porto de Santos atinge ainda três ex-assessores do presidente. A quebra abrange o período de 1º de janeiro de 2013 a 30 de junho de 2017. É a primeira vez que um presidente no exercício do mandato tem os seus dados financeiros abertos por ordem judicial.

Marun disse que o inquérito que apura se empresas foram beneficiadas pelo chamado Decreto dos Portos é “completamente fraco”. “Inexistem sequer indícios de qualquer ilícito que resulte em uma decisão destas, que, em sendo tomada em relação ao presidente da República, revela uma falta de cautela que nos estranha neste momento.” Marun ainda afirmou que “não há como não se indignar” com o pedido de Barroso. “Este inquérito é como a investigação de um assassinato de alguém que não morreu.”

Fonte: Veja

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