Para preservar bancada, PP não deve expulsar deputados que votaram contra impeachment
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Publicado em 26/04/2016

A cúpula do Partido Progressista não deve abrir processo de expulsão contra nenhum dos sete deputados que, contrariando o fechamento de questão da legenda na votação do impeachment na Câmara, se posicionaram a favor da presidente Dilma Rousseff ou se abstiveram. A expulsão chegou a ser cogitada, mas as punições aos dissidentes devem ficar restritas a intervenções nos diretórios regionais.

A direção do PP não expulsará nenhum deputado para não afetar o tamanho da bancada da legenda. Atualmente, a sigla é dona da quarta maior bancada da Casa, com 47 deputados. Dos 45 deputados do partido que participaram da sessão, 4 votaram contra o impeachment: Waldir Maranhão (MA), Macedo (CE), Roberto Britto (BA) e Ronaldo Carletto (BA). Outros três parlamentares se abstiveram: Beto Salame (PA), Cacá Leão (BA) e Mário Negromonte (BA).

Até o momento, a cúpula pepista já interveio nos diretórios estaduais do Maranhão e do Pará, destituindo, respectivamente, Maranhão, 1º vice-presidente da Câmara, e Beto Salame dos comandos regionais do partido. Na Bahia, não há previsão de punição. A cúpula do partido deve respeitar a aliança do vice-governador e presidente estadual da sigla, João Leão, com o governador Rui Costa (PT), que levou os deputados baianos do PP a votarem a favor de Dilma.

No Ceará, o PP interveio no diretório regional, mas para dar o comando do partido para o deputado federal Adail Carnerio. Foi uma espécie de recompensa por ele ter rompido com o governador Camilo Santana (PT) e votado a favor do impeachment.

Dos partidos que tinham fechado questão em relação ao impeachment, somente o PDT deve de fato expulsar dissidentes. A legenda tinha decidido votar contra o impedimento, mas seis deputados desobedeceram à decisão da sigla e votaram a favor do impeachment.

Fonte: Veja

 

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