Eunício diz ao STF que suspendeu salário e benefícios de Aécio
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Publicado em 14/06/2017

Alvo de críticas por não ter concretizado o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), enviou um ofício ao ministro Marco Aurélio Mello, do STF, em que informa as medidas tomadas pela Casa para cumprir a decisão judicial. De acordo com o documento assinado por Eunício, o pagamento de salários e verbas indenizatórias e o carro oficial a que Aécio tem direito como parlamentar estão suspensos desde o dia 18 de maio, quando o ministro Edson Fachin afastou o mineiro do Senado.

Eunício Oliveira também afirma que o tucano foi “imediatamente intimado” da decisão de Fachin pela mesa diretora do Senado e que o nome dele foi retirado do painel de votações da Casa e das comissões parlamentares. O site do Senado incluiu na página de Aécio Neves (veja abaixo) a informação que ele foi afastado do mandato por decisão judicial.

A resposta de Eunício a Marco Aurélio se dá após o ministro do Supremo cobrar o afastamento do senador. “Enquanto não alterada a decisão judicial, ela tem que ser cumprida. Mas, como parece que nessa quadra é comum deixar-se de cumprir decisão judicial, tempos estranhos, tempos estranhos”, declarou ontem o ministro do STF, para quem a consequência natural da decisão de afastar Aécio Neves seria o Senado convocar o suplente para ocupar a vaga.

Mais cedo nesta quarta-feira, o presidente do Senado também rebateu esta afirmação de Marco Aurélio Mello, relator do inquérito aberto contra Aécio a partir da delação da JBS. O peemedebista afirmou que o regimento interno da Casa prevê a convocação de suplente após 120 dias de vacância do cargo.

Veja abaixo o ofício encaminhado por Eunício Oliveira ao ministro do STF:

O que pesa contra Aécio

Aécio Neves é investigado no inquérito 4506 do STF pelo crime de corrupção passiva e foi um dos alvos da Operação Patmos, que prendeu sua irmã, a jornalista Andréa Neves. O pedido de prisão do tucano deve ser apreciado na Primeira Turma do Supremo na semana que vem. Ontem, o colegiado manteve, por 3 votos a 2, a prisão de Andréa.

O senador afastado foi gravado pelo delator Joesley Batista, dono do Grupo J&F, em uma conversa em que pediu 2 milhões de reais ao empresário. O dinheiro seria supostamente destinado ao pagamento de honorários do advogado do tucano, Alberto Zacharias Toron, na Lava Jato.

Fonte:Veja

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