O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) criticou na noite desta quarta-feira, 26, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, além de afirmar que foi prejudicado por fraude em inserções no rádio. O atual mandatário também prometeu entrar com recurso contra a decisão da Justiça Eleitoral. Moraes indeferiu, nesta noite, o pedido da campanha do presidente para investigar uma suposta fraude nas inserções da propaganda eleitoral do mandatário do país em rádios.”Há pouco tivemos notícia de que o Moraes matou no peito o processo e encaminhou para o Supremo, colocando no inquérito das Fake News, que ele mesmo conduz. Ali na peça, de forma preliminar, o partido tem que responder por ter usado o fundo partidário para contratar uma empresa de auditoria”, iniciou durante coletiva de imprensa. “Com toda certeza nosso jurídico deve entrar com recurso já que foi para o STF. Da nossa parte nós iremos. Vamos fazer valer dentro das quatro linhas o que nossa auditoria constatou. Isso interfere na quantidade de votos”, acrescentou.
Na decisão de 13 páginas, o presidente do TSE afirma que o pedido da campanha de Bolsonaro é “genérico” e que a acusação de fraude não tem “qualquer comprovação”. No despacho, o magistrado destaca que o levantamento da Audiency Brasil Tecnologia utilizou uma metodologia falha, “que não oferece as condições necessárias de segurança para as conclusões apontadas pelos autores”. “Isso não é uma forma de fazer política. Tudo isso temos notado não é de agora. Em certos locais que achava que ia bem, mas vimos que perdemos. Certamente as inserções de rádios fizeram a diferença. Não existe outro fator que a gente possa levar em conta neste momento. O presidente do TSE recebeu as provas no tempo hábil que nos cobrou. Nos surpreende o Moraes inverter o processo. De falar que gastamos o dinheiro do fundo partidário com empresas para fazer auditoria. No que depender de mim será contratada a terceira auditoria para verificar se as inserções foram potencializadas para o outro lado. Do nosso lado apareceu quase zero. Isso desequilibra o processo democrático”, afirmou.