As investigações que resultaram na segunda fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, batizada de Operação Eficiência, teve início com base nos depoimentos de delações premiadas de dois operadores do mercado financeiro: Renato Hasson Chebar e seu irmão Marcelo Hasson Chebar. Ambos delataram que Cabral enviou 100 milhões de dólares para o exterior.
Segundo depoimento de delatores, que procuraram espontaneamente o Ministério Público Federal (MPF) após a deflagração da Operação Calicute, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral enviou 100 milhões de dólares ao exterior por meio de contas em nomes de terceiros.
Em depoimento minucioso, o colaborador Renato Chebar esclareceu como teria iniciado a prática de envio constante de altos valores por Cabral. Segundo Renato Chebar, Cabral perguntou se ele poderia receber os valores que possuía em sua conta de nome “Eficiência” e o colaborador concordou. Os valores teriam sido transferidos para duas contas de sua titularidade de nome “Siver Fleet” e “Alpine Grey” e, a partir de então, ficarão sob o nome de Chebar.
Segundo ele, valores que variavam de 50.000 a 250.000 reais oriundos de propinas eram levados mensalmente em uma mochila para que fossem realizados os depósitos. Renato Chebar destaca “de três a quatro vezes por ano se reunia com Sergio Cabral para prestar contas dos valores que estavam em seu nome”. Os encontros aconteciam na casa do ex-governador.
O Ministério Público Federal afirma que já conseguiu recuperar cerca de 270 milhões de reais da propina paga ao ex-governador Sérgio Cabral em contas no exterior.
Fonte:Veja